quarta-feira, 30 de junho de 2010

Para morrer...

Sinto que as pessoas ao meu redor estão morrendo. Parece que consigo ver a vitalidade escorrer no ritmo do ponteiro do relógio.
É uma sensação estranha. As pessoas são vuneráveis. Suas vidas, efêmeras. E não há nada que se possa fazer ou prever.
Dá para aceitar que as pessoas se vão, mas o fato é que por alguma razão sádica eu as imagino morrendo a cada segundo que penso/falo com elas.

Não quero perder as pessoas que amo.
E conviverei o mínimo possível com quem começo/comecei/começaria a me apegar.
Pode parecer doentio, mas acho que é o que eu preciso no momento.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Enfim...

O tempo passa e o que você pensou que nunca iria curar, amanheceu sem rastro de cicatriz. Desfeito foi tudo que era ruim, deixando espaço para as coisas boas ficarem a vontade. Num detalhe ou em outro, vê alguns vestígios do que foi aprendido e do que foi ensinado, vê toda a cautela em reproduzir tais fragmentos assim como no momento em que nasceram. E você acena de longe, não é necessário mais que isso! É um carinho, um cuidado e um amor que você solta, com um sopro no ar, e devagar, se dilui e propaga pela atmosfera. Se contenta em saber que do outro lado, tudo está bem. Você então se sente limpo, se sente puro, e se sente absolutamente você.
Entende então que a vida não é um 'arrancar' e sim um 'deixar ir.'
As ideias amadurecem com o tempo, amadurecem com as pessoas. Os valores mudam por si e esperam que a gente perceba.
Minha mente foi a primeira a se libertar.
E só agora posso afirmar que meu coração tem sua merecida liberdade.

Nunca pensei que caberia tanta paz dentro de mim.

"Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você"

terça-feira, 22 de junho de 2010

nota pós-errinho

no techo "[...]comer coisas que me deixam obeso, obstruem minhas veias e me matam[...]", do post Sair de casa Vs. Ficar em Casa [2] o correto seria: "obstruem minhas artérias" e não "obstruem minhas veias".
Peço desculpas pelo erro!

Beigos

Crenças [2]

Boa madrugada amores!
Como estão?

Bem, hoje parei pra observar um fenômeno social.
As pessoas deixaram de ser pessoas para serem crenças. No caso deixaram de acreditar em algo pra se transformar em parte do "algo" que acreditavam. É muito estranho isso.
Aonde foram parar as pessoas? Porque o que eu vejo são livros sagrados (ou qualquer outro tipo de símbolo principal, ou sei lá...deixo claro meu amadorismo sobre a questão em si) ambulantes. E não há fome, não há dor, não há raiva que não seja a que se leu e a que se prega.
Queria entender como as pessoas se deixam dominar assim por completo.
O.K. que já comentei sobre crenças aqui e que sinto uma insegurança por não acreditar, mas isso me deixa mais forte, afinal, não posso pedir ajuda a ninguém e não posso culpá-lo por não me ajudar. Eu costumo dizer que acredito só em mim e, mesmo assim, com um pé atrás.
Esse é um post-apelo. Apelo para que as pessoas se abram. Não é preciso virar outro para que seu Deus/chefe/mestre te aceite, afinal, aonde está toda a sabedoria dele se este te cobrar isso?

Bom, fim do post!

Beigos!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Citação

Olá pessoas, tudo bem com vocês?
Comigo tudo tinindo trincando.
Não costumo fazer citações porque não costumo adquirir conteúdos dignos de citações, mas estou num momento exceção.
É um trecho de Helena, do Machado de Assis, que gostei, então, aí vai:


" - Não digo que o ame desde já; mas a afeição que êle me tem, refletirá em meu coração, e eu virei a amá-lo. O que importa saber é que é digno de mim. De todos os que me pretendessem nenhum lhe seria superior.
- Ainda bem! Contudo, repare que vai contrair uma obrigação perpétua, e que um contrato dêstes não pode ser deliberado em poucos instantes.
- Oh! nesse ponto a minha ignorância sabe mais do que a sua teologia. Que são minutos e que são meses? Paixões de largos anos, chegando ao casamento, acabam muitas vêzes pela separação ou pelo ódio, quando menos pela indiferença. O amor n ão é mais que um instrumento de escolha; amar é eleger a criatura que há de ser companheira na vida, não é afiançar a perpétua felicidade de duas pessoas, porque essa pode esvair-se ou corromper-se. Que resta à maior parte dos casamentos, logo, após os anos de paixão? Uma afeição pacífica, a estima, a intimidade. Não peço mais ao casamento, nem lhe posso dar mais do que isso."


espero que gostem!
Beigos!

p.s.: escrevi de modo a ficar fiel ao livro, por isso há de se estranhar algumas acentuações.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sair de casa Vs. Ficar em casa [2]

Olá!
Bom, não vou perguntar se vocês estão bem, porque hoje estou chata.
Vou voltar ao assunto do ficar em casa vs. sair de casa.
Ok. O que eu não entendo é porque as pessoas insistem que sair de casa é legal e wow, "vamos nos divertir" e "vai ser utópico" yeah.
Veja bem, pra cada pessoa, o padrão de diversão é outro. Será que machuca muito o fato de eu achar mais divertido ficar em casa sozinha vendo filme do que sair com os amigos pra baladar?
As pessoas não param pra pensar: "poxa, talvez ela goste mesmo de ficar em casa...não é porque eu gosto de sair que isso tem que ser legal para todos." ou então "talvez eu que seja o alienígena, que gosto de sair pra me f*der, gastar dinheiro em coisas de pouca duração ou que simplesmente a industria cultural empurra goela abaixo, comer coisas que me deixam obeso, obstruem minhas veias e me matam, pegar sol que pode me dar câncer, pegar friagem, correr risco de tomar chuva, ser assaltado, aguentar gente bêbada (lembrando que esse tipo de gente fede), fumaça de cigarro, gente entrando em depressão e chorando pitangas, gente fofocando sobre a roupa x do fulano, pessoas com inveja, pessoas com raiva, pessoas que sairam de casa somente pra mostrar que compraram roupa da marca w, pagar pra entrar (isso é o cúmulo do ninguem merece), não conseguir dar atenção a todas as pessoas que desejo, ter hora pra chegar, hora pra sair, me preocupar com transporte..."
enfim, tudo depende do ângulo que se olha.
pra mim sair é isso aí.
"não, olha, assim, é porque você nunca saiu com a gente, é super legal e tal..."
NÃO. Assim, dá pra respeitar que eu não gosto? E parar de tentar sei lá, tentar me forçar a fazer algo que me deixa irritada e que é sacrifício pra mim?

E vou dizer mais, isso é desde pequena. Lembro que minha mãe pegava os convites pras festinhas dentro da minha mochila e me fazia ir. Eu não gostava daquilo (e não gostava de crianças também, apesar de ser uma). Eu chorava, esperneava, e tinha que ir do mesmo jeito.


Tá, acabou meu post, enfim.

Beigos!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

nota pós-post

só um comentário sobre meu primeiro post:
Fui ler ele agora e ele me pareceu o diário de Jonathan, do Drácula. Como sou mórbita. risos.

Beigos!

domingo, 6 de junho de 2010

Sair de casa Vs. Ficar em casa

Olá gente! (imagine a palavra "gente" ecoando 27 vezes e as teias de aranha vibrando com esse som)
Tudo bom com vocês?
Bem, nunca está tudo bem comigo, porque eu penso. E então continuo pensando. Não paro. E isso me deixa transtornada.
Eu estive pensando muito no porquê de eu odiar sair de casa e amar trazer amigos para minha casa.
Cheguei a uma teoria.
É fácil você sair com os amigos, beber, se divertir, passear, sei lá. É fácil porque os elementos simplesmente se materializam ao seu redor em uma maneira rotativa e dinâmica e você os absorve e os transforma em parte da conversa, parte do grupo de amigos. Os assuntos se locomovem até você, você não precisa se esforçar, é automático.
Porém, quando você leva alguém pra casa, o ambiente não muda, os elementos não mudam. A convivência se torna um desafio, e você precisa lidar com isso de qualquer maneira...ter jogo de cintura.
O fato é que:
É fácil conviver com as pessoas quando elas não são o foco.

Pensando bem, parece um comportamento bem masoquista, mas descobri que isso mantém próximas a mim apenas as pessoas que realmente tem o poder místico de me suportarem durante muito tempo gostam de mim. (Pelo menos é esse meu planinho de dominação global, risos).

Bom, fiquem bem!

Beigos