Olá pessoas, tudo bem com vocês?
Comigo tudo tinindo trincando.
Não costumo fazer citações porque não costumo adquirir conteúdos dignos de citações, mas estou num momento exceção.
É um trecho de Helena, do Machado de Assis, que gostei, então, aí vai:
" - Não digo que o ame desde já; mas a afeição que êle me tem, refletirá em meu coração, e eu virei a amá-lo. O que importa saber é que é digno de mim. De todos os que me pretendessem nenhum lhe seria superior.
- Ainda bem! Contudo, repare que vai contrair uma obrigação perpétua, e que um contrato dêstes não pode ser deliberado em poucos instantes.
- Oh! nesse ponto a minha ignorância sabe mais do que a sua teologia. Que são minutos e que são meses? Paixões de largos anos, chegando ao casamento, acabam muitas vêzes pela separação ou pelo ódio, quando menos pela indiferença. O amor n ão é mais que um instrumento de escolha; amar é eleger a criatura que há de ser companheira na vida, não é afiançar a perpétua felicidade de duas pessoas, porque essa pode esvair-se ou corromper-se. Que resta à maior parte dos casamentos, logo, após os anos de paixão? Uma afeição pacífica, a estima, a intimidade. Não peço mais ao casamento, nem lhe posso dar mais do que isso."
espero que gostem!
Beigos!
p.s.: escrevi de modo a ficar fiel ao livro, por isso há de se estranhar algumas acentuações.
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