Era uma manhã.
Diferente das outras manhãs, o céu se fechava para nós.
Lençóis brancos, sento-me na ponta da cama.
O vento insistia em partir minh'alma em duas.
Duas.
Acendi o cigarro, me pus a debruçar na janela.
Havia vinho, roupa e culpa por todo o quarto.
Um sexo vazio.
O horizonte tentava se comunicar, meus olhos entreabertos.
Meu cabelo embaraçado, a situação, o lençol.
O vento.
Eu sorria para o céu, sem porquê, sorria.
Com a mão na nuca, abaixava a cabeça, pensava.
Pensava em quê? Não sei.
Nem se pensava.
O tempo passava por si só.
Palavras, quase meias.
Concordo, sim, claro, verdade.
Três e meia da tarde.
O negar, a ausência, a ousadia.
Inércia.
Uma tosse e a realidade se fazia presente.
O peso.
Já era hora de ir, a ti não mais pertencia.
Consciência.
A ti nunca pertenci.
A roupa e a culpa, levo comigo.
Do mundo sou, pro mundo partirei.
Seu coração,
parti.
domingo, 31 de outubro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
"Quem tem medo de brincar de amor?"
Escrever pra quê? Qual o por quê disso tudo?
Escrever para arrancar do peito toda a confusão, organizar em letras e digerir.
Indigesto. Vomitar tudo e limpar a bagunça. Refazer.
Os ponteiros do relógio já não servem pra contar o tempo da pulsação. O sangue já não se aguenta nas veias. Tudo é tão frágil.
O que é o amor? Me diz, o que é Amor?
A quem amar, para quem se doar...Se doar? Se doer?
Efêmero...substitui, tu e substitui? O vento o que faz?
Quantos mais? E o que acabou, o que sumiu, o que se cortou...deixar?
Não volte pra casa, nunca volte para casa.
Não voltarei tão cedo.
O certo e o errado. Uma pessoa só uma pessoa só uma?
Todos, amará, amar a todos.
Por quem lutar?
Não é ético, não é certo. E quem disse que é? Que não é? E quem não é?
Quanto tempo podemos, temos?
Para amar. Mar.
Quanto tempo tens?
Em quanto tempo tens?
da CULPA.
O que forma a culpa? O que deforma?
De que forma. Quem afirma?
Deixo levar qualquer aperto que venha do que passou. Passado passou.
Quem se fez presente?
PRESENTE SE FEZ.
o presente.
no presente.
se fez.
se faz.
Faz-me no seu presente, agora.
Vou pedir.
e por favor,
faz.
Em quanto tempo a gente pode amar?
Em quanto tempo a gente pode se desarmar?
Autorizada estou?
Não, pois não.
E de volta ao certo e errado.
Aqui venho, assino aqui minha sentença.
Me permito. Me censuro.
Me guardo.
Admito.
Minto para mim. Min to para min.
De onde veio o ódio?
Quem permitiu a metamorfose?
Ódio feito, ódio será.
Não.
AMOR.
nasceu.
Por que?
Escrever para arrancar do peito toda a confusão, organizar em letras e digerir.
Indigesto. Vomitar tudo e limpar a bagunça. Refazer.
Os ponteiros do relógio já não servem pra contar o tempo da pulsação. O sangue já não se aguenta nas veias. Tudo é tão frágil.
O que é o amor? Me diz, o que é Amor?
A quem amar, para quem se doar...Se doar? Se doer?
Efêmero...substitui, tu e substitui? O vento o que faz?
Quantos mais? E o que acabou, o que sumiu, o que se cortou...deixar?
Não volte pra casa, nunca volte para casa.
Não voltarei tão cedo.
O certo e o errado. Uma pessoa só uma pessoa só uma?
Todos, amará, amar a todos.
Por quem lutar?
Não é ético, não é certo. E quem disse que é? Que não é? E quem não é?
Quanto tempo podemos, temos?
Para amar. Mar.
Quanto tempo tens?
Em quanto tempo tens?
da CULPA.
O que forma a culpa? O que deforma?
De que forma. Quem afirma?
Deixo levar qualquer aperto que venha do que passou. Passado passou.
Quem se fez presente?
PRESENTE SE FEZ.
o presente.
no presente.
se fez.
se faz.
Faz-me no seu presente, agora.
Vou pedir.
e por favor,
faz.
Em quanto tempo a gente pode amar?
Em quanto tempo a gente pode se desarmar?
Autorizada estou?
Não, pois não.
E de volta ao certo e errado.
Aqui venho, assino aqui minha sentença.
Me permito. Me censuro.
Me guardo.
Admito.
Minto para mim. Min to para min.
De onde veio o ódio?
Quem permitiu a metamorfose?
Ódio feito, ódio será.
Não.
AMOR.
nasceu.
Por que?
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Variações Psicológicas
Por promessa, estou aqui a postar a teoria dos gráficos mentais das variações psicológicas das pessoas.
Isso pode parecer invalidar o post anterior, porém, estou escrevendo isso hoje e agora apenas pela facilidade de escrever no momento. Não se confundam ou se enganem, o.k.?
Pois bem. Cada pessoa que tenho contato (seja direto ou indireto) eu analiso e coloco num gráfico mental. Em um mês ou dois, já tenho dados suficientes para montá-lo. O máximo de tristeza e felicidade da pessoa, raiva, medo, sono, preguiça, aflição, nojo, saudade, marra, malandragem, fome, dor, instabilidade, estabilidade, gostos, memórias, tudo isso encaixa em apenas uma linha de gráfico, aonde o que causa a variação é o fato de todo esse conjunto me deixar bem ou me deixar mal dentro das possibilidades da pessoa.
É bem simples, na verdade. E depois de meses (ou mesmo anos) fazendo um gráfico único e definitivo para cada pessoa, a única coisa que pode mesmo me abalar é a linha ultrapassar os limites.
Isso pode parecer invalidar o post anterior, porém, estou escrevendo isso hoje e agora apenas pela facilidade de escrever no momento. Não se confundam ou se enganem, o.k.?
Pois bem. Cada pessoa que tenho contato (seja direto ou indireto) eu analiso e coloco num gráfico mental. Em um mês ou dois, já tenho dados suficientes para montá-lo. O máximo de tristeza e felicidade da pessoa, raiva, medo, sono, preguiça, aflição, nojo, saudade, marra, malandragem, fome, dor, instabilidade, estabilidade, gostos, memórias, tudo isso encaixa em apenas uma linha de gráfico, aonde o que causa a variação é o fato de todo esse conjunto me deixar bem ou me deixar mal dentro das possibilidades da pessoa.
É bem simples, na verdade. E depois de meses (ou mesmo anos) fazendo um gráfico único e definitivo para cada pessoa, a única coisa que pode mesmo me abalar é a linha ultrapassar os limites.
Você leu sobre:
crenças,
fenômenos sociais,
teorias
Cápsulas
Bem estranha a sensação..você passa dias densos dentro de uma cápsula, se engolindo e deixando por conta do suco gástrico queimar aquilo que você é, aquilo que você foi.
Você para pra pensar no porquê de estar fazendo tudo isso, abre as cápsulas e se vê livre. Aos poucos vai se purificando... É uma sensação de liberdade superior. Ao cair da última realidade, abre-se o chão em alto volume, ecôa para todos os lados, ensurdece.
E se você não couber mais dentro de você e nem fora?
Não há mais espaço, não há como suportar.
Já rasguei os gráficos, já não calculo as porcentagens. As pessoas são incalculáveis. Todas as teorias caindo por terra e eu louca, a procura do um loco.
Não há fórmula para desvendar e não consigo revelar isso para o conteúdo das cápsulas.
Não existe em mim um pensamento que não seja linear e planejado. Sinto inveja das pessoas que se permitem sentir sem antes (durante e depois) analisar os sentimentos. Não existe em mim um pensamento que não seja linear e planejado. Da minha mente fiz minha cova, e nela deito cada dia durante mais tempo, até chegar o momento de, para sempre, deitar.
Você para pra pensar no porquê de estar fazendo tudo isso, abre as cápsulas e se vê livre. Aos poucos vai se purificando... É uma sensação de liberdade superior. Ao cair da última realidade, abre-se o chão em alto volume, ecôa para todos os lados, ensurdece.
E se você não couber mais dentro de você e nem fora?
Não há mais espaço, não há como suportar.
Já rasguei os gráficos, já não calculo as porcentagens. As pessoas são incalculáveis. Todas as teorias caindo por terra e eu louca, a procura do um loco.
Não há fórmula para desvendar e não consigo revelar isso para o conteúdo das cápsulas.
Não existe em mim um pensamento que não seja linear e planejado. Sinto inveja das pessoas que se permitem sentir sem antes (durante e depois) analisar os sentimentos. Não existe em mim um pensamento que não seja linear e planejado. Da minha mente fiz minha cova, e nela deito cada dia durante mais tempo, até chegar o momento de, para sempre, deitar.
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