sábado, 30 de outubro de 2010

"Quem tem medo de brincar de amor?"

Escrever pra quê? Qual o por quê disso tudo?
Escrever para arrancar do peito toda a confusão, organizar em letras e digerir.
Indigesto. Vomitar tudo e limpar a bagunça. Refazer.
Os ponteiros do relógio já não servem pra contar o tempo da pulsação. O sangue já não se aguenta nas veias. Tudo é tão frágil.
O que é o amor? Me diz, o que é Amor?
A quem amar, para quem se doar...Se doar? Se doer?
Efêmero...substitui, tu e substitui? O vento o que faz?
Quantos mais? E o que acabou, o que sumiu, o que se cortou...deixar?
Não volte pra casa, nunca volte para casa.
Não voltarei tão cedo.
O certo e o errado. Uma pessoa só uma pessoa só uma?
Todos, amará, amar a todos.
Por quem lutar?
Não é ético, não é certo. E quem disse que é? Que não é? E quem não é?
Quanto tempo podemos, temos?
Para amar. Mar.
Quanto tempo tens?
Em quanto tempo tens?


da CULPA.

O que forma a culpa? O que deforma?
De que forma. Quem afirma?

Deixo levar qualquer aperto que venha do que passou. Passado passou.
Quem se fez presente?
PRESENTE SE FEZ.
o presente.
no presente.
se fez.
se faz.

Faz-me no seu presente, agora.

Vou pedir.
e por favor,
faz.



Em quanto tempo a gente pode amar?
Em quanto tempo a gente pode se desarmar?

Autorizada estou?
Não, pois não.
E de volta ao certo e errado.

Aqui venho, assino aqui minha sentença.

Me permito. Me censuro.
Me guardo.

Admito.
Minto para mim. Min to para min.

De onde veio o ódio?
Quem permitiu a metamorfose?
Ódio feito, ódio será.

Não.

AMOR.
nasceu.

Por que?

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