domingo, 8 de maio de 2011

Amor(to)

Danificado por choque.

Coração.

Não passar de um olhar vazio que sai preguiçoso pelos buraquinhos da janela, fitando o sol, ao amanhecer.

Brancos.

E se o tempo ensinou para a dor como abandonar, nada dirá o tempo sobre a dor de um abandono.

Um amor que se deixou deixar.

Assim, de súbito, no valor de dois soluços e sete lágrimas.

Num arranhar de garganta, num suspiro aonde o estômago já não lê mais nada e, com olhos fechados se obriga a dormir.

E se o tempo pudesse admitir?

E se a solução é não solucionar?

E se o amor que era pra morrer disse pra deixar estar?

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